UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES COMPOSTADOS COMO SUBSTRATO PARA A PRODUÇÃO DE MUDAS
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Resumo
Aproximadamente mais da metade dos resíduos sólidos domiciliares que são gerados no Brasil são orgânicos. A disposição final desses resíduos ocorre por meio do envio a aterros sanitários, normalmente sem qualquer tipo de tratamento e manejo. A compostagem representa um método de tratamento capaz de promover o aproveitamento benéfico da fração orgânica do resíduo sólido domiciliar, reduzindo o volume de ocupação dos aterros sanitários. Este trabalho teve como objetivo investigar o uso de material biocompostado e estabilizado, oriundo de resíduos sólidos urbanos domiciliares, como substrato para o cultivo agrícola, especificamente para a produção de mudas, em substituição ao substrato comercial. A metodologia de pesquisa consistiu no levantamento, compilação e e análise de dados da literatura sobre a enumeração de diferentes espécies vegetais que foram ou não foram favorecidas a partir do cultivo em composto biodegradado. A principal variável analisada foi a massa de matéria seca obtida, após a secagem e a pesagem das mudas, em diferentes cenários: com solo comum (testemunha); solo com adubo (adubo comercial); e apenas substrato (composto). O crescimento das mudas também foi avaliado como variável. Foi verificado que, na maioria dos casos analisados, o material biocompostado apresentou resultados favoráveis quanto ao crescimento das espécies vegetais, como no caso da Panicum Maximum cv. Tanzânia, que apresentou um resultado 21 vezes superior ao obtido com o solo natural e foi considerado como uma opção viável para a substituição de adubo comercial.