VIABILIDADE DO ENXERTO DE OMENTO-MAIOR SOBRE O OSSO IN VIVO EM RATOS

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Sergio Ibañez Nunes

Resumo

Introdução: Áreas expostas de osso são um problema em reconstruções, uma vez que o substrato para enxertia não existe, já que a vascularização à partir do osso, não ocorre. Em busca desta solução foi proposto fazer um enxerto não vascularizado de omento maior sobre osso exposto. Método: Foram utilizados 41 ratos Wistar divididos em três grupos. Grupo I operação simulada; Grupo II ressecção de área de 2x2 cm em calvária dos ratos, retirando toda pele e tecidos abaixo desta até a tábua óssea, incluindo periósteo, deixando o osso exposto, foi então enxertado fragmento de omento maior obtido através de laparotomia mediana, sem nenhuma anastomose, fixado por pontos à pele. Grupo III feita a mesma ressecção de tecido da calvária, da mesma forma que no Grupo II, porém sem enxertia, apenas curativo. Avaliados aspectos anatomopatológicos, macro e microscópicos. Todos os animais foram estudados em 15, 30 e 60 dias. Resultado: O grupo II apresentou presença de fibroblastos em 100% dos casos, crostas em 37,5%, vascularização aumentada em 75%, sem necrose, rejeição tecidual ou osteomielite. O Grupo III apresentou presença de fibroblastos em 93,75%, crosta em 56,3%, vascularização fisiológica em 18,7%, apresentou ainda osteomielite em 37,5% dos casos. Discussão: A neovascularização em retalhos de omento maior está bem documentada, porém não há relatos na literatura com enxertos não pediculados do omento. Neste estudo ficou evidente que a integração do omento maior, quando comparado ao grupo não enxertado, também mostrou a proteção contra osteomielite, com melhora das condições de cicatrização, assemelhando-se a outros estudos com uso de omento maior pediculado para cobrir áreas expostas. Conclusão: O uso de omento maior não pediculado se apresenta como técnica promissora para reconstrução, formando substrato para enxertia em áreas ósseas expostas

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