PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE PERNAMBUCO

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Larissa Quesney dos Santos Sobral

Resumo

Este estudo apresenta como objetivo descrever o perfil epidemiológico da sífilis congênita no Estado de Pernambuco, entre 2009 e 2018. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, retrospectivo e epidemiológico construído com dados secundários do Sistema Nacional de Agravos de Notificações, possuindo como população de estudo, as gestantes notificadas no período supracitado. Selecionou-se para estudo as variáveis, escolaridade, cor da pele, idade, classificação da doença, realização de pré-natal e tratamento do parceiro. Foi realizada análise estatística descritiva e os resultados foram expressos por meio de frequências. Como resultados, foram identificados 11.456 casos de sífilis congênita em menores de um ano, sendo que acerca dos desfechos sobre a realização do pré-natal e diagnóstico da sífilis, observou-se que 75,8% das gestantes realizaram o pré-natal, contudo, 44,79%, receberam o diagnóstico de sífilis apenas no momento do parto/curetagem. Os achados presentes neste estudo permitiram evidenciar o significativo crescimento da incidência e das notificações dos casos de sífilis congênita em Pernambuco. Observou-se que o Estado apresenta indicadores com valores acima da meta proposta pela Organização Mundial da Saúde (2015) de <0,5/1.000 nascidos vivos, destacando-se a imprescindibilidade de fortalecimento da precocidade diagnóstica e terapêutica nos programas de pré-natal.

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