FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AS DOENÇAS PERI-IMPLANTARES: UMA REVISÃO DE LITERATURA
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Resumo
Apesar das altas taxas de sucesso das reabilitaçoes coms implantes odontologicos, a doença peri-implantar apresenta-se como uma das complicações mais frequente em implantodontia. Vários fatores de risco são referidos como fatores associados a doenças peri-implantares. As doenças peri-implantares afetam os tecidos moles e tecido ósseo subjacente aos implantes, têm origem inflamatória e se apresentam na forma de mucosite peri-implantar e peri-implantite. Portanto, o objetivo desta revisão de literatura foi avaliar os fatores de riscos associados as doenças peri-implantares. Foi realizado uma busca nas bases de dados Pubmed, SciELO, LILACS utilizando as palavras-chave peri-implant diseases, peri-implantitis, mucositis, risk factors and risk indicators separadamente e/ou em combinação. Os critérios de inclusão foram estudos realizados em humanos, estudos clínicos randomizados e coorte publicados entre 2013 e 2023. Os critérios de exclusão foram: estudos in vitro, estudos em animais, teses, monografias, capítulos de livro, revisões de literatura e revisões sistemáticas. Foram recuperados na busca nas bases de dados 157 artigos, sendo que 62 foram excluídos por duplicidade. 57 trabalhos foram excluídos após leitura de títulos e resumos segundo os critérios de exclusão e 18 artigos foram selecionados para compor este trabalho. Os resultados mostraram uma gama de fatores que podem estar associados à prevalência da peri-implantite sendo os mais citados na literatura: histórico de doença periodontal pregressa, controle de placa deficiente, sobrecarga oclusal, ausência de mucosa ceratinizada e características do implante, tal como o tipo de superfície, tabagismo, diabetes, fatores genéticos, obesidade e doenças cardiovasculares. O estudo dos fatores de risco relacionados às doenças peri-implantare é uma área em evolução que continuará a mudar à medida que a compreensão destas doenças melhorar e ganhar novos matizes. Vários são os fatores de riscos associados as ao desenvolvimento e progressão das doenças per-implantares, contudo deve-se interferir nos fatores de risco modificáveis, porem os não modificáveis representam um desafio. O risco não está necessariamente relacionado apenas a fatores relacionados ao paciente, mas principalmente na implementação de técnicas, protocolos e tecnologias capazes de minimizar o efeito de fatores locais capazes de iniciar e perpetuar a doença.