PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA COVID-19 EM PACIENTES DIABÉTICOS EM MINAS GERAIS
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Resumo
Introdução: O coronavírus é um vírus zoonótico da família Coronaviridae, caracterizada por vírus que causam infecções respiratórias. Dessa forma, o nome dado ao novo coronavírus é SARS-CoV-2, que significa síndrome respiratória aguda grave de coronavírus 2. A infecção causada pelo SARS-CoV-2, que ocasiona a atual pandemia, acomete diversas pessoas e as com diabetes apresentam maior probabilidade de desenvolver a doença de forma mais grave, pois o sistema imunológico dos pacientes diabéticos é alterado em decorrência de distúrbios causados pela hiperglicemia. Métodos: Trata-se de um estudo, retrospectivo, descritivo, quantitativo, de base documental. Os dados foram obtidos na plataforma do Coronavírus Minas Gerais, disponibilizada pela Secretaria de Estado de saúde de Minas Gerais, no endereço eletrônico: https://coronavirus.saude.mg.gov.br/dadosabertos. Resultados: No período avaliado, foram registrados 39.955 casos de COVID-19 em pacientes que apresentavam como comorbidade o diabetes, no estado de Minas Gerais. O número de casos variou de 40 a 6159, com média de 1.997,75 casos por mês. Houve um expressivo aumento do número de casos entre maio a julho 2020 (525,46%) e redução de 30,80% entre setembro e outubro de 2020. Já no ano de 2021, ocorreu aumento de 137,27% entre fevereiro e março, e uma redução de 38,07% entre os meses de junho e julho. As regiões centro (n. 15739 / 39,39%) e sul (n. 4598 11,51%) registraram os maiores números de casos e Jequitinhonha apresentou o menor percentual (n. 531 / 1,33%). Houve predomínio da doença em pacientes do sexo feminino (n. 20.601 / 51,50%) e na faixa etária de maiores de 60 anos (n. 15485 / 38,75%). Observou-se um total de 16338 óbitos (40,90%), sendo o maior percentual ocorrido no mês de março de 2021 (37,69%) e o menor no mês março de 2020 (0,24%). A maior parte dos óbitos ocorreu em pacientes do sexo feminino (n. 8213 / 50,27%). Conclusão: O número de casos de covid-19 em pacientes diabéticos em Minas Gerais, aumentou expressivamente no período avaliado. Houve predomínio da doença e de óbitos em pacientes do sexo feminino e na faixa etária acima de 60 anos. As regiões do estado com os maiores números de notificações foram Centro e Sul.