REANP NA PRÁTICA: EXPERIÊNCIA DE UM PROFESSOR PESQUISADOR EM TEMPO DE PANDEMIA DA COVID-19

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Cristiano Araújo Soares

Resumo

O surgimento de um novo vírus Sars-Cov-2, que ficou conhecido como COVID19 (2020-2021), mudou o modo de vida das pessoas em todo o mundo. Na educação não foi diferente, pois com o aumento acelerado do número de casos de infectados e consequentemente dos números de mortos e o colapso do sistema de saúde brasileiro. As medidas que foram adotadas pelas autoridades de saúde estabeleceram que o distanciamento social fosse cumprido como forma de isolamento e para assim diminuir o contágio com o novo coronavírus. O fechamento da escola e as tomadas de decisões para que as aulas não fossem interrompidas, provocou mudanças no modo em que essas aulas ocorreram. Historicamente a escola brasileira vem sofrendo desvalorização desde o sucateamento dos seus prédios, imobiliários e também a não valorização do trabalhador e trabalhadora da educação. O treinamento feito às pressas, com as ferramentas e aplicativos que dariam possibilidades de um contato remoto com a família dos estudantes, exigiram que os profissionais escolares se reinventassem, diante das novas demandas que o Regime Especial de Atividades Não Presenciais (REANP). A aula no ensino remoto, no Estado de Minas Gerais, aconteceu com a criação de um material que serviu como guia para os estudos chamados de Plano de Estudos Tutorados (PET), no qual o docente planejava suas aulas seguindo as orientações que já estavam previamente definidas, sem que esse docente tivesse sido consultado para a construção das apostilas. Para além disso cabia ao professor e professora viabilizar as orientações de como fazer as atividades, através de gravações de vídeos e estudos dirigidos, para além de conexão online com os estudantes. Falando assim parece ser algo fácil de ser feito, contudo os docentes que atuam nas escolas não tiveram em sua graduação, disciplinas que o capacitasse para esse novo modelo de educação em tempo de pandemia, e por outro lado, uma grande parte da comunidade escolar não contava com acesso de qualidade à internet, e nem equipamentos compatíveis para que pudesse se conectar no horário das aulas. Diante das perdas de vidas acometidas pelo vírus da COVID19, somados às questões financeiras que impactaram as famílias isoladas, e também por conta das rotinas que pressionaram os profissionais no contexto de afastamento social, provocaram distúrbios na saúde emocional da comunidade escolar como por exemplos na volta às aulas, no modo híbrido e posteriormente presencial, são vistos pessoas sentindo sensações de pânico, depressivas, um alto grau de stress, entre outras patologias que surgiram após o período pandêmico mundial.

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