IDOSOS LGBTQIA+: O ENVELHECIMENTO NAS TELAS DO CINEMA CONTEMPORÂNEO

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Gustavo Henrique de Oliveira Caldas

Resumo

O processo de envelhecimento já se inicia com a concepção e só termina com a morte e é permeado por preconceitos que se intensificam em caso de subgrupos excluídos como as pessoas idosas LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Queers, Intersexuais, Assexuais e outros grupos e variações da sexualidade). Essa pesquisa tem por objetivo compreender os espaços e práticas associadas aos idosos LGBTQIA+ no cinema brasileiro contemporâneo, utilizando como fontes os seguintes filmes: Madame Satã (2002), Santiago (2007), Meu amigo Claudia (2009), Divinas Divas (2016), Greta (2019), Bacurau (2019). A realidade apresentada por essas obras culturais revela tanto espacialidades tradicionais destinadas às pessoas idosas LGBTQIA+, como modificações nesses espaços e nos preconceitos tanto etaristas quanto relacionados à orientação sexual, pois ainda persistem situações que precisam ser alteradas, inclusive nos filmes mais recentes, como se pode perceber em Greta. Nessa película, o personagem principal Pedro leva uma vida praticamente inteira de limitações em seus desejos de ser para atender expectativas da sociedade.  Dentro dessa conjuntura e de um quadro de análise das estruturas da película, realizou-se as análises fílmicas com seus princípios estéticos necessários às conclusões dessa pesquisa. O Brasil vivencia atualmente um aumento do número de idosos, o que gera demandas de políticas públicas na área cultural e, por outro lado, o cinema mais especificamente pode induzir emoções e influenciar o espectador e a sociedade sobre os idosos LGBTQIA+, podendo atuar para melhorar representatividades. Ao mesmo tempo, o próprio cinema é influenciado pelo contexto da sociedade em que está inserido, contribuindo para o melhor entendimento da história do cinema, das artes e da própria história evolutiva de uma sociedade.

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