DIÁLOGOS DE SARTRE E FANON EM O EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO E PELE NEGRA, MÁSCARAS BRANCAS

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Amanda Kovalczuk de Oliveira Garcia

Resumo

O capítulo apresenta possíveis diálogos entre Jean-Paul Sartre e Frantz Fanon acerca do racismo e colonialismo. O método utilizado é a análise bibliográfica narrativa, realizada em profundidade em dois textos: O Existencialismo é um Humanismo e Pele negra, máscaras brancas, assim como no trabalho de Deivison Faustino. Reconhece-se que os textos estão situados no pensamento mais amplo de cada um dos autores, em diálogo com outras produções próprias, assim como com genealogias outras que informam tanto a Fanon como a Sartre. O que se busca realizar é, na tentativa contribuir com os debates já desenvolvidos, colocar uma lupa sobre os dois textos e explorar suas intersecções por uma perspectiva microfilosófica. Sugere-se, de forma não exaustiva e sem ignorar as críticas feitas por Fanon a Sartre, que as conexões podem ser identificadas (1) na premissa existencialista de que a existência precede a essência e na impossibilidade de uma ontologia negra a priori; (2) na intersubjetividade existencialista e a experiência do racismo, descrita por Fanon, como a negação da existência pelo não reconhecimento do Outro; e (3) na compreensão do existencialismo como uma doutrina da ação que solidifica as bases do antirracismo na ação e no engajamento, e não em afirmações discursivas.

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