GEODIVERSIDADE E TERRITORIALIDADE NA ATIVIDADE PESQUEIRA DA ILHA DE COTIJUBA–BELÉM, PARÁ.
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Resumo
A pesquisa foi desenvolvida a partir de dois conceitos chaves: a geodiversidade e territorialidade na Ilha de Cotijuba, Pará, considerada desde 1990 uma Área de Proteção Ambiental (APA). A territorialidade repercute na importância da pesca artesanal na economia das regiões insulares na Amazônia e a geodiversidade além de permitir o fortalecimento da relação homem e natureza, as características fluvio-estuarinas da ilha fortalecem a atividade turística para ilha rica em áreas de praias, várzeas e manguezais e a operacionalidade dessas territorialidades. A geologia e a geomorfologia do local são constituídas de terrenos do Terciário e Quaternário, resultando-se em praias com baixa entrada de cunha salina dão origem a verdadeiros patrimônios naturais. A pesquisa teve por objetivo relacionar os ambientes fluvio-estuarinos à territorialidade na atividade pesqueira na Ilha de Cotijuba. A metodologia constou de levantamento bibliográfico, pesquisa de campo, geoprocessamento para mapeamento e registros fotográficos das paisagens. A geodiversidade da ilha está representada por meio de praias (Praia da saudade, Farol e Vai Quem Quer), a baía do Guajará, áreas de várzeas e os igarapés. São ambientes utilizados para pesca que permitem técnicas específicas desde uso de linha até instalação de currais, ou mesmo a pesca de camarão, capturados por instrumento como “matapi”. Nota-se apropriação desses espaços pela população tradicional sem necessariamente propriedade privada da terra, observou-se também, conflitos vividos entre os pescadores por territórios onde realizam a pesca e a venda dos peixes e mariscos.