A ABORDAGEM DESIGN THINKING E O USO DA FERRAMENTA WHATSAPP APLICADOS NA APRENDIZAGEM DAS CIÊNCIAS EXATAS: UM PROCESSO DE EMPODERAMENTO E EMANCIPAÇÃO DO DISCENTE, NO ENSINO SUPERIOR

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Gilselene Garcia Guimarães

Resumo

Em tempos de grandes avanços tecnológicos o mundo se reinventa com uma enorme
facilidade proporcionando uma infinidade de novas oportunidades e um crescimento
desenfreado disponibilizando a todos muitas informações, desafiando constantemente a
presença e o “conhecimento” do professor. É notório o grande impacto que tal revolução
tecnológica provoca em todos os cenários do nosso cotidiano, e, portanto, também nas formas
de estimular e produzir conhecimentos. Observa-se que o conhecimento, as competências e
as atitudes que a sociedade espera valorizar no futuro profissional para a inserção no mercado
de trabalho, após sua formação universitária, deve trazer habilidades específicas tais como a
capacidade de resolver problemas, saber trabalhar com desafios e assuntos diversos, para além
de sua titulação acadêmica. Para tanto cresce o número de instituições de educação superior
que aderem à prática do método denominado “Design Thinking” (pensamento do designer),
que se mostra como um caminho importante na busca por soluções aos desafios complexos
abordados pela ótica daqueles que são mais impactados pelo problema, os discentes. Nesse
contexto, o presente artigo traz a segunda parte da análise da pesquisa realizada com discentes
do curso de Engenharia Civil, da Universidade Estácio de Sá, campus Cabo Frio /RJ, no ano
de 2019-2020, a partir dos dados obtidos com os grupos de WhatsApp, com a proposta de
entender como a utilização do método Design Thinking pode empoderar o discente na
emancipação para uma aprendizagem autônoma e autoral, mediada pelo dispositivo móvel
através da ferramenta do WhatsApp, aplicada às Ciências Exatas. A principal estratégia
metodológica, utilizadas neste processo de investigação, contemplou a discussão em grupo,
via WhatsApp, com temas específicos conforme os principais objetivos a serem alcançados e
as etapas da abordagem Design Thinking. Optou-se por dividir os sujeitos colaboradores em
3 grupos diferentes, não simultâneos, no próprio aplicativo, para a discussão do tema proposto.
Cada grupo foi composto por 6 ou 7 integrantes, totalizando 20 participantes desta estratégia.
Considerando que o termo empoderamento têm sustentado análises e reflexões em diferentes
campos de conhecimento, foi possível perceber que enquanto categoria social, aplicada em
uma proposta educacional, se destaca como um avanço consciente a respeito de dimensões
que englobam a coletividade. O verdadeiro empoderamento, que promove a emancipação
como processo de libertação dos sujeitos, acontece na conscientização de uma educação
interacional entre os indivíduos e que privilegia o diálogo como um serviço. Nesse sentido,
todas as atividades aplicadas provocaram outras novas reflexões sobre processos
emancipatórios e interacionais, além da busca por novas ideias, o que permitiu entender, com
satisfação, os resultados positivos revelados por esta investigação.

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