A PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS LGBTQIA+ SOBRE A ASSISTÊNCIA EXECUTADA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA E NEONATAL

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Valéria Pinto Rodrigues

Resumo

O contexto social determina não somente a vivência pessoal de cada indivíduo, como também as relações de trabalho, entre outras esferas. A vistas disso, destaca-se o cenário de discriminação e violência com grupos minoritários na sociedade hodierna, que naturalmente atravessa em direção ao ambiente de trabalho, produzindo diversos danos tanto pessoais como coletivo. Objetivo: Contribuir para a identificação de possíveis formas de discriminação, violência ou repressão à comunidade LGBTQIA+ dentro do ambiente de trabalho, especificamente na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal, bem como levantar possíveis maneiras de identificar essa problemática e, por conseguinte contribuir para um ambiente de trabalho inclusivo com respeito à diversidade. Método: Este consiste em um estudo qualitativo, descritivo do tipo relato da experiência, conjugado com a metodologia da Problematização do Arco de Maguerez composta por cinco etapas: observação da realidade, identificação de pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e aplicação à realidade. Resultados e Discussão: Logo, com a experiência proporcionada para que fosse possível observar a realidade dos profissionais frente a assistência nas Unidades de Terapia Intensiva Pediátricas, foram feitos levantamentos de pontos chaves importantes quanto a comunidade LGBTQIA+ e o ambiente de trabalho. A partir dos pontos chaves obtidos, foi possível encontrar uma paralelo que possibilitou na formação de três categorias para o presente estudo, as quais abordam sobre: A gestão na assistência da diversidade sexual para acompanhantes e/ou familiares dos pacientes; O espaço inclusivo como meio de prevenção da exclusão social que lhe negam tratamento igualitário no acesso a diversas oportunidades; Educação permanente relacionada a comunidade LGBTQIA+ e o ambiente de trabalho. Conclusão: Essa experiência possibilitou o levantamento de pontos chaves persistentes no que tange a comunidade LGBTQIA+. Palavras como discriminação, preconceito, exclusão, dentre outras, ainda se fazem muito presente dentro da sociedade. No entanto, tratando da observação da realidade desse grupo dentro do ambiente de trabalho, ainda existe inúmeros empecilhos, seja na assistência à saúde prestada a diversidade sexual, ou na criação de um espaço inclusivo que permita maiores oportunidades e tratamento igualitário. Nota-se o quão necessário se faz abordar essa temática para o crescimento teórico-científico de graduandos da área da saúde, visto que há uma certa negligência a saúde psicológica e física da comunidade LGBTQIA+, como é o caso de transexuais e travestis, que pouco frequentam serviços de saúde pela falta de preparo da equipe no momento do acolhimento.

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